Antiocho Pereira


25/11/1930 – 30/04/1933


              Nomeado prefeito municipal de Porto União no dia 28 de Outubro de 1930 pelo então Interventor (governador) de Santa Catarina General Ptolomeu de Assis Brasil. Pediu exoneração do cargo através de ofício remetido em 20 de Abril de 1933 ao Cel. Aristiliano Ramos (naquele momento como Interventor catarinense), deixando a prefeitura a 24 de Abril.
            Sua gestão como prefeito foi marcada por um surto urbanístico de interessante apreciação, além da organização do ensino público e uma série de outras medidas. É uma fase que merece ser calmamente estudada e pesquisada.
            Nascido em Paranaguá no dia 15 de Outubro de 1881, filho do farmacêutico, jornalista, abolicionista, republicano, Constituinte de 1891 pelo Paraná e naturalista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Fernando Machado de Simas e de Escolástica Pereira Alves. Batizado na mesma cidade em 10 de Fevereiro de 1883, foram seus padrinhos Maurício Sinke (ilustre empresário e político paranaense) e Maria Theodora dos Anjos (histórica professora parnanguara). Pelo ramo de sua mãe, pertencia à família do último Capitão-Mór e primeiro prefeito de Paranaguá Manoel Antônio Pereira, tronco de distintas famílias paranaenses como os Leão, Pereira Tourinho e outras. Antiocho era ainda trineto materno do último Capitão-Mór de Antonina Manoel José Álvares, patriarca da família Alves elencada no volume 5 da obra “Genealogia Paranaense” de Francisco Negrão. Era, portanto, ligado pelo sangue a inúmeras figuras de prestígio do cenário paranaense e brasileiro, entre eles o Barão do Serro Azul, Conselheiro do Império Dr. Manoel Francisco Correia, Desembargador Agostinho Ermelino de Leão e o também Conselheiro e ex-Ministro do Império Manoel Alves de Araújo.
            Pelos idos de 1886/1887 sua família transfere residência para Petrópolis e depois para o Rio de Janeiro, onde passou sua infância e juventude, percorrendo ali toda sua vivência escolar.
            Farmacêutico, no Rio trabalhou nos famosos laboratórios de Orlando Rangel e em outros estabelecimentos da época. Adepto do cultivo intelectual, na memorável ex-Capital da República conviveu, em plena Belle Époque, com figuras eminentes do meio intelectual brasileiro. Era primo de Leôncio Correia, nome que se destacou profundamente nos salões culturais brasileiros.
            Em 1909 transfere-se para Curitiba, residindo junto de seu tio Cypriano Gonçalves Marques (farmacêutico e político curitibano, natural de Paranaguá, casado com sua tia materna Anna Pereira Marques) na esquina da Avenida Luiz Xavier com Voluntários da Pátria (atualmente onde encontra-se o Edifício Garcez).
            Em junho de 1910 contrai matrimônio em São José dos Pinhais com Maria Carolina Huergo, descendente de importante família da aristocracia portenha, filha de Palemón Carlos María Huergo e D. Maria de Carvalho Huergo. Dona Marica, como era conhecida, era neta paterna e afilhada de batismo de Don Palemón Huergo (escritor, político, ex-presidente do Banco da Província de Buenos Aires e diplomata, com larga atuação em Buenos Aires e em países da Europa). Do enlace nasceram seis filhos: Epaminondas, Ariosto, Flora, Jandira, Yolanda e Renato.
            As pesquisas documentais até o momento procedidas não esclareceram os motivos que levaram Antíocho Pereira a transferir-se de Curitiba para a então colônia federal Cruz Machado, fundada em 19 de Dezembro de 1910, por onde passaram grandes figuras e profissionais conceituados da história paranaense e nacional (engenheiros, médicos, farmacêuticos, etc.) no desempenho de funções às quais eram nomeados pelo governo brasileiro. É fato que em 1911 Antíocho já estava na região de Cruz Machado. Todavia somente em 1915 foi nomeado pelo governo da República ao cargo de farmacêutico do núcleo colonial Cruz Machado, em cuja função permaneceu até 1917.
            As investigações históricas prosseguem sempre!

Biografia por: FABIO FURTADO PEREIRA, bisneto de Antíocho Pereira, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.




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